Esta obra apresenta uma análise das concepções de nação e de nacionalidade em peças do teatro brasileiro, circunscritas à segunda metade do século XIX. Em confronto/diálogo com a cena brasileira, percebe-se a representação do estrangeiro, seja daquele que para cá se desloca a negócios, seja do que vem para cá como imigrante. Pode-se avaliar como os dramaturgos procuraram a presença do “outro” para refletir sobre a representação da própria nação. A presença de estrangeiros em confronto, conflito, negociações com o elemento nacional, visto em suas diferentes dimensões de classe, constitui-se, nesse sentido, em chave essencial para a compreensão do imaginário sobre a nação que peças teatrais do século XIX colocam em cena.