A batalha de papel mostra como o arsenal satírico da imprensa ilustrada da Corte de D. Pedro II foi acionado para deformar a imagem do Paraguai e fincar as raízes da carga de preconceito que ainda recai sobre o país guarani, 140 anos depois do final da Guerra. Resultado da análise de 202 charges publicadas no Rio de Janeiro, entre 1864 e 1870, a obra também revela que o jornalismo brasileiro contribuiu para reforçar uma conhecida história oficial - aquela que define o episódio como a cruzada civilizadora destinada a libertar um povo oprimido por um tirano cruel e sanguinário, o então presidente Francisco Solano López.